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  • Foto do escritorFederação Nacional dos Estudantes dos Cursos do Campo de Públicas

Tema do I Simpósio Multidisciplinar Étnico-Racial atrai estudantes e profissionais de diversas áreas


Entre os dias 30 de maio e 01 de junho ocorreu na Universidade Federal de Alagoas o I Simpósio Multidisciplinar Étnico Racial: A poesia e a loucura de ser negro, o evento reuniu palestrantes nacionais e internacionais que abordaram temas de alta relevância para o meio acadêmico, sendo levados em formas de debates relacionados ao preconceito racial sobre a mulher negra no movimento feminista, religiões afro-americanas e africanas, cultura, literatura, arte e outras atrações que estiveram fomentando a discussão sobre o tema que embora de alta relevância as vezes se torna esquecido e pouco comentado.

A abordagem multidisciplinar do evento foi um dos pontos fortes tendo em vista que todo o público presente, que são estudantes e profissionais de varias áreas, puderam conectar os conhecimentos adquiridos com as disciplinas dos seus respectivos cursos, além de poder contar com inúmeras falas sobre as vivências cotidianas e como o preconceito existente ainda afeta a visão das pessoas sobre o papel do negro na sociedade.

Sendo estes pontos também essenciais para um estudante ou profissional que atua no Campo de Públicas, pois se trata também do meio social aos quais as políticas públicas se dirigem e para ter uma visão crítica de aplicação destas, deve-se conhecer e debater tais assuntos que demonstram a desigualdade de classes e etnias, assuntos estes que foram tratados por especialistas e estudiosos da área que puderam passar uma visão técnica e direciona a cada tema.

No dia 30 se iniciaram ciclos de palestras com o primeiro palestrante, e também um dos organizadores do evento, Prof. Dr. Marcelo Karloni com o tema “O mito da democracia racial” seguido pela segunda palestrante Profª Dra. Lígia Ferreira com o tema “O negro e a negra na universidade”, e durante estas duas palestras que ocorreram já deu para notar a força que este tema traz e a quantidade de conteúdo que se pode extrair dele, e com estas duas palestras a manhã foi encerrada com uma enorme satisfação e ansiedade pelas palestras vindouras.

Para dar continuidade às apresentações a tarde seguiu com uma mesa redonda composta por Prof. Dr. Fabio Castilho, Prof. Dr. Herbert Nunes e pela Profª. Dra. Helenice Fragoso

onde foi abordado o tema “Literatura, representações e resistência: a loucura de ser negro”, e foi mais um momento de vivenciar grandes aprendizados.

O encerramento do dia 30 foi com a palestra do Prof. Me. Vagner Bijagó com o tema “Lutas de libertação nacional nos países africanos de língua oficial portuguesa: o caso da Guiné-Bissau e Cabo Verde” e da Profª. Dra. Eliane Vitorino com o tema “Quando a língua não nos representa: preconceito e línguas maternas em São Tomé e Príncipe.” e com estas duas temáticas de alta relevância, ainda mais sendo tratadas pelo Professor Vagner Bijagó natural da Guiné Bissau , o público presente pode prestigiar uma palestra com um representantes da luta do povo africano que emocionou a plateia com a vivências relatadas e com o desenrolar da sua fala que trazia consigo uma bagagem de grande conteúdo referencial.

E para finalizar a noite houve a apresentação artística do grupo de Rap da cidade de Arapiraca, a “Batalha do bosque” que mostrou sua cultura através de suas rimas.

Seguindo a programação, no dia 31 o dia teve início com a palestra da Profª Sónia André, natural de Moçambique, com o tema “A mulher moçambicana: Sexualidade, casamento e feminismo.” e com o Prof. Dr. Hippolyte Brice, natural da República do Benin, com o tema “Religiões afro-americanas e africanas.” com a presença de dois palestrantes internacionais os presentes puderam contemplar uma palestra com grande peso que fez a atenção de todos ficar presa as colocações de referência sobre a cultura africana, aos seus costumes, a sua história e o preconceito sofrido pelos povos africanos e afrodescendentes que moram no Brasil.

A tarde se seguiu com apresentação de capoeira e uma explicação sobre a descendência desta arte e sua atuação como resistência durante a escravidão.

após a capoeira a a tarde foi fechada com o desfile de modelos com a estética afro que foram escolhidas entre o público presente, a estética foi preparada pelas oficinas que estavam a disposição durante todo o evento e contavam com a linha de roupas para a pele negra feitas pela Camilete Arte em linhas, maquiagem para pele negra feita pela Divinas pretas, acessórios afro cultural feitos pela arte da preta e por fim as tranças feitas pela upgrade cabelos afro, o desfile serviu como uma forma de exaltar a beleza negra e apresentar produtos que são ideais para enaltecer seus traços e características.


E por fim a noite teve a última palestra com o psicólogo Raul Santos com o tema “Corpos abjetos/objetos: o histórico do racismo científico.” e como comemoração ao término do agradável e enriquecedor ciclo de palestras que ocorreu a atração final do dia com as cantoras Mel Nascimento e Naty Barros.

No último dia do evento, 01 de junho, ocorreu a viagem a Serra da Barriga que contou com a excursão pelo Parque Memorial Quilombo dos Palmares, onde foi possível conhecer a história do quilombo e dos seus habitantes, assim como sua forma de vida e sua religião.







links do evento:

Drive de fotos do evento: bit.ly/2IfOLj8

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